Um roteiro de um dia e meio na charmosa, cosmopolita e deliciosa capital da Bélgica.
A Bélgica é um país dividido em três regiões: Flandres, Valônia e Bruxelas-Capital. A cidade de Bruxelas se localiza dentro da região de Bruxelas-Capital, e é apenas a quinta cidade mais populosa do país, com aproximadamente 180 mil habitantes. Considerada uma das cidades mais importantes da Europa, por ser sede do parlamento da União Européia, Bruxelas constrasta modernidade e tecnologia com história e cultura.
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Estivemos em Bruxelas durante um final de semana, no mês de março de 2020, e pudemos visitar seus principais pontos turístico em um roteiro de um dia e meio. Chegamos na cidade ainda pela manhã, vindos de carro da Alemanha. Encontramos um estacionamento bem localizado, de onde iniciamos a pé, nosso passeio pelo centro histórico.
O ponto incial de nosso roteiro foi a Place Agora. Nessa praça se localiza uma estátua de um homem sentado em uma fonte acompanhado de seu cachorro. Trata-se de Charles Buls, antigo prefeito de Bruxelas que teve grande contribuição para a restauração dos monumentos da cidade.
Fonte Charles Buls
A poucos metros da Place Agora, chegamos a Grand Place, a praça mais importante de Bruxelas, considerada por muitos como a mais linda do mundo. Essa praça é patrimônio mundial da UNESCO desde o ano de 1998. Nela estão localizados lindos edifícios históricos, muitos deles revestidos de ouro, o que acaba dando um toque ainda mais especial à praça. Dentre os principais edifícios encontram-se o Hotel de Ville, a Casa do Rei (Maison du Roi), as Casas Guildas e a antiga Casa de Karl Marx (La Maison du Cygne).
O Hôtel de Ville é a antiga prefeitura da cidade. Em estilo gótico, o prédio foi construído entre os anos de 1401 e 1455, sendo a única construção medieval da Grand Place, e possui impressionantes 96 metros de altura. Durante a Primeira Guerra Mundial serviu de hospital para abrigar os refugiados de guerra que chegavam em terras belgas.
A Casa do Rei, em estilo neo-gótico, foi construída entre os anos de 1504 e 1536. Essa construção é também conhecida como Casa do Pão (Broodhuis), devido ao fato de ter sido construída no local onde existia um mercado de pães no século XIII. Atualmente esta construção abriga o Museu da Cidade de Bruxelas.
As Casas Guildas são as construções sedes das antigas classes de trabalhadores (pescadores, ferreiros, carpinteiros...), que dominavam a economia belga até o final do século XVIII.
Grand Place de Bruxelas
Na Maison du Cygne viveu Karl Marx, o co-criador do Marxismo, cujas idéias são a base fundamental para os movimentos comunista e socialista. Marx viveu nessa casa no período em que fugiu à Bélgica, entre os anos 1845 e 1848, como refugiado político. Altualmente a costrução abriga um restaurante.
La Maison du Cygne
Após visitar a Grand Place, paramos para almoçar e tomar uma cerveja belga no Hard Rock Cafe, que fica ali pertinho. De sobremesa um delicioso waffle belga em um dos inúmeros locais que vendem este doce ao longo do centro histórico.
Durante a tarde, fomos conhecer a estátua mais famosa da Bélgica, o Manneken Pis, aquela do menininho fazendo xixi. Essa estátua está localizada a algumas quadras da Grand Place, possui 61 centímetros de altura e é feita de bronze. Foi criada por Jérôme Duquesnoy, o Ancião, por volta do ano de 1618. Existem várias lendas sobre essa estátua, mas a real intenção dela é representar o senso de humor dos belgas. Na verdade a estátua posicionada na rua e visitada por milhares de turistas é apenas uma réplica da criada por Jêrome, sendo que a escultura original encontra-se no Museu da Cidade de Bruxelas. Ao longo do ano várias roupas são colocadas na estátua em referência a diferentes situações e personanges. Durante nossa estadia em Bruxelas, assim estava o Manneken Pis...
Manneken Pis
A poucos metros do Manneken Pis se localiza um divertido bar, com diversas bicicletas coloridas em sua fachada, mas que infelizmente estava fechado no dia de nossa visita.
Bar Poechenellekelder
Dali partimos em direção ao Mont des Arts, um local com um lindo jardim e de onde se pode ter uma bela vista da cidade de Bruxelas.
Vista do Mont des Arts
Depois de algumas fotos no local, era hora de conhecer o famoso Palácio Real, mas ao longo do caminho desde o Mont des Arts, acabamos passando em frente a um museu bastante famoso da cidade, cujo prédio é bastante peculiar, o Museu dos Instrumentos Musicais (MIM). Esse museu conta com aproximademente 8.000 instrumentos musicais e localiza-se num antigo prédio construído entre os anos 1898 e 1899 para abrigar a loja de departamentos Old England. O ingresso para visita ao museu custa 15€ por pessoa.
Museu dos Instrumentos Musicais
Chegamos então ao Palácio Real de Bruxelas, que não é a residência oficial da família real belga, mas sim o escritório de trabalho do rei. O ínicio da construção do edifício data do ano de 1783, sendo finalizado da forma como está hoje apenas no ano de 1934, tendo sido utilizado por vários reis e duques belgas (Leopold I, Leopold II...) desde a ápoca de sua construção. Como o palácio só pode ser visitado durante o verão europeu (a entrada é gratuíta), não foi possível conhecer seu interior, porém sua fachada exterior é simplesmente deslumbrante.
Palácio Real de Bruxelas
Após visitar o exterior do palácio, rumamos em direção a Catedral de São Miguel e Santa Gudula, a mais importante igreja católica da cidade. De todos os estilos arquitetônicos existentes, o meu favorito é certamente o estilo gótico, e a Catedral de São Miguel e Santa Gudula é certamente um belo exemplar desse estilo. Ela não chega a ter a enormidade de detalhes econtrados por exemplo na Catedral de Milão (Duomo de Milano), mas ainda assim é belíssima e visitá-la tanto por fora quanto por dentro certamente vale a pena. Inicialmente essa igreja homenageava apenas São Miguel, o padroeiro da cidade de Bruxelas, porém no ano de 1047, quando o duque Lamberto II de Lovaina transferiu as relíquias de Santa Gudula para o interior da igreja, esta passou a homenagear também a santa.
Catedral de São Miguel e Santa Gudula
Já era final de tarde e começava a escurecer, por esse motivo já era hora de voltar para o apartamento que alugamos no centro histórico, mas não sem antes dar um passada nas belas Galerias Reais (Galeries Royales Saint-Hubert) e apreciar as vitrines das luxuosas lojas em seu interior. Essa galeria lembra a Vittorio Emanuele II de Milão, porém é mais antiga, tendo sido construída entre os anos 1846 e 1847. Durante o século XIX era assiduamente frequentada pela alta sociedade belga, que ali fazia suas compras.
Galerias Reais
Saindo da galeria, fizemos uma rápida parada no apartamento para tomar banho e logo na sequência seguimos em direção da Delirium Village, para fechar a noite com chave de ouro e muitas cervejas belgas. A Delirium Village é um complexo de bares super animados, sendo o principal deles o Delirium Cafe, que detém o recorde do Guinness Book, como sendo o bar com o maior número de rótulos de cerveja do mundo, 2004 diferentes rótulos. O bar estava bastante lotado, mas ainda assim após perambularmos um pouco em seu interior encontramos uma mesa e iniciarmos a degustação de tradicionais cervejas da marca do elefante cor de rosa (além de algumas outras marcas também... rsrs). Nos divertimos bastante no local e encerramos assim o primeiro dia do roteiro. Mas não sem antes conhecer a Jeanneke Pis, a menina fazendo xixi, versão feminina do Manneken Pis, que fica dentro da Delirium Village.
Delirium Village
Jeanneke Pis
Acordamos cedo no dia seguinte para conhecer a última atração de nosso roteiro pela cidade de Bruxelas, o Atomium. Essa atração se localiza um pouco distante do centro histórico, então retiramos o carro do estacionamento para chegar até ela. Outra forma de ir do centro histórico até o local é tomando o metrô da cidade. O Atomium é uma gigantesca construção de 102 metros de altura, feita de metal, com nove imensas esferas, cada uma representando um átomo de ferro, ligadas formando um arranjo cristalino ampliado em 165 bilhões de vezes em relação ao tamanho real. Foi construído para a exposição mundial que ocorreu na cidade de Bruxelas no ano de 1958. Muitos dizem que o Atomium está para Bruxelas, assim como a Torre Eifel está para Paris. O ingresso no Atomium custa 16€ por pessoa.
Atomium
E dali partimos em direção a cidade mais populosa da Bélgica, Antuérpia. Mas isso já é tema para um outro post...
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